sábado, 15 de setembro de 2012

É sábado de nostalgia


A chuva tá caindo nessa madrugada. Clima pra deitar a cabeça no travesseiro, deixar o cobertor cair por cima e entrar na onda do sono. É noite de tempestade, é sábado de nostalgia. Me agrada quando a chuva cai bem forte e os trovões ecoam pela rua, mas me sinto vazia quando ela dá uma trégua e deixa o silêncio cair na casa vazia. Olho pra TV que está no mudo e tento decifrar o que está acontecendo no filme, tem um anão fumando um charuto. Bizarro o filme, bizarro o dia e bizarra a madrugada. Sabe, minhas palavras estão presas, nem eu mesmo sei o que quero dizer, na verdade eu nem sei o que to sentindo. Fiz um bolo na tarde pra não pensar nisso, mas agora a chuva me fez lembrar que tenho que pensar, que tenho que descobrir. O atordoamento não me larga, as lágrimas estão prontas pra cair. Mas não caem. Deixo a chuva fingir que são elas na rua, molhando o mundo, e deixando o céu se abrir mais uma vez.